sábado, 22 de outubro de 2016

O ser e o nada – Kleber Nunes





Há inevitavelmente
Uma eterna procura pelo acalanto da alma
Por um sentido maior
Por respostas que atenuem a angustia de sermos livres

Há inevitavelmente
A necessidade de nos reinventarmos a todo instante
De abandonarmos os vários eu´s que fomos
Para não morrermos em vida

Há inevitavelmente
O fel das incertezas
Os equívocos que viram poesia
As ilusões perdidas

O corpo definha
Como só poderia ser
A alma remoça
Como só poderia ser

O que nos restou não representa nada de anjo
Nada demônio
O que nos restou é o nada
E todas as possibilidades que só o nada poderia nos proporcionar


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