E quando
o passado fica cada vez mais distante
O presente,
um labirinto onde nos perdemos
E o
futuro uma estrada sinuosa sem sinalização, interrompida sem aviso
Onde repousar
a alma?
Se as
recordações se dissipam ou escravizam
Se o
hoje exige resiliência a todo instante, sem alternativa de esmorecer
Se não
sabemos nada do que está por vir
E ainda
assim amamos e planejamos a vida
Voltar
no tempo e mudar de rumo
Se sim,
e os amores de hoje, onde estariam?
Se não,
o labirinto de hoje, cruel ou não, é o nosso lugar
E agora?
Como acolher
a alma
Permitir
que ela nos conduza sem aflições?
Certos
de que somos poeira num universo em movimento
Ora aqui,
ora em outra morada