Santos sempre santos,
Santos que só faz bem,
Ver-te jogando é tão bom,
Tem craques como ninguém.
Teu centenário é uma festa,
Tua história também,
Teu orgulho é preto e branco,
Camisa como a tua não tem.
O mar da cidade te reverencia,
A brisa que vem de lá te quer bem,
És o amor de gerações,
Um astro que se mantém.
Tua sina é ganhar sempre,
Teu destino é fazer gols,
És uma fábrica de craques,
Que o tempo eternizou.
Maior que ti não houve ou há,
Comparação não se convém,
És o maior do futebol,
Tua história ninguém tem.
Cem anos de luta e glórias,
Melhor ataque e paixão,
És praiano e alvinegro,
O clube do coração.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Um dia de praia - Kleber Nunes
Mar de Domingas Dias,
Dias de sol e calor,
Água de côco e arrepio,
Vento repleto de amor.
Água cristalina rara,
Beleza atlântica florida,
Toalha molhada e areia,
Descanso de palha e bebida.
Curvas da estrada na volta,
Pele queimada e bonita,
Sono gostoso de tarde,
Rede esperando vazia.
Santo no alto do morro,
Brisa que vem da janela,
Estrelas brilhando no alto,
E mais uma noite daquelas...
Dias de sol e calor,
Água de côco e arrepio,
Vento repleto de amor.
Água cristalina rara,
Beleza atlântica florida,
Toalha molhada e areia,
Descanso de palha e bebida.
Curvas da estrada na volta,
Pele queimada e bonita,
Sono gostoso de tarde,
Rede esperando vazia.
Santo no alto do morro,
Brisa que vem da janela,
Estrelas brilhando no alto,
E mais uma noite daquelas...
Quero tanto poucas coisas - Kleber Nunes
Quero tanto poucas coisas,
Coisas essas que me valem,
Quero aquilo que não sei,
Sei que quero e não tardo.
Busco hoje o amanhã,
Planto sonhos e não rego,
Minha terra só é fértil,
Quando o sonho não me nego.
Minhas mãos alcança o céu,
É só estendê-las ao alto,
Miro estrelas, conto astros,
Tenho tudo e me farto.
Quero tanto poucoas coisas,
Quero a vida, quero o alto,
Olhar para o futuro feliz,
Da riqueza, do inexato.
Coisas essas que me valem,
Quero aquilo que não sei,
Sei que quero e não tardo.
Busco hoje o amanhã,
Planto sonhos e não rego,
Minha terra só é fértil,
Quando o sonho não me nego.
Minhas mãos alcança o céu,
É só estendê-las ao alto,
Miro estrelas, conto astros,
Tenho tudo e me farto.
Quero tanto poucoas coisas,
Quero a vida, quero o alto,
Olhar para o futuro feliz,
Da riqueza, do inexato.
domingo, 17 de abril de 2011
Ao filho que ainda não temos - Kleber Nunes
Nosso querido filho distante, te esperamos com amor e prontos para conduzir-te nesse mundo difícil e cheio de riscos,
Temos certeza que tu vives num plano melhor do que esse aqui embaixo e por isso entendemos a negação tua de vir ao nosso encontro,
Nós também adoraríamos estar num mundo melhor e teríamos muito medo de abandonar nosso ambiente seguro pela incerteza de vivermos entre os ignorantes,
Mas não se esqueça que Deus é sábio filho, só ele e nós podemos te proporcionar o sofrimento na medida certa para um futuro melhor, não vamos desampará-lo nos momentos difíceis e não se esqueça que só podemos evoluir, mesmo que queiramos voltar,
Tua cama está pronta, sua comida está posta, o amor que você merece e precisa está guardado e nós estamos te esperando.
Natureza cimentada - Kleber Nunes
Vi a planta nascer do cimento,
A árvore cercada,
Aprisionada,
Triste.
Natureza forte e teimosa,
Insiste em viver,
Vence o cimento e brota,
Verde e forte.
Inteligência faz sofrer - Kleber Nunes
Ser inteligente é sofrer,
Enxergar demais,
Decepcionar-se mais,
É doer.
Inteligência é saber,
Que expõe o coração,
Mas que encontra abrigo,
Em doar.
É melhor sofrer por saber,
É melhor conceber,
Oferecer,
Desconhecer é triste.
Amiga Tereza - Kleber Nunes
Anjo negro de voz firme,
Olhar expressivo,
Presença marcante,
Anjo que sobe e não cai.
Tua química exala conhecimento,
Conduz vidas,
Abre olhos,
Com tua aura amarela e elevada.
Anjo negro que divide,
Que oferta,
Que nada em troca pede,
Ao distribuir conhecimento.
Meu caminho cruzou o teu,
E meu espírito agradeceu,
Ah Minha essência!
Como melhorou depois de ti.
A escola do mundo te precisa,
Se tivéssemos mais Terezas,
Teríamos mundo melhor,
E o céu teria menos trabalho.
A paz que exalas é uma sina,
Tuas mãos de amor cura,
Sina sagrada essa tua,
De ser Tereza Cristina.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Querem uma luz melhor que o sol! - Alberto Caeiro
AH! QUEREM uma luz melhor que
a do Sol!
Querem prados mais verdes do que estes!
Querem flores mais belas do que estas
que vejo!
A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me.
Mas, se acaso me descontentam,
O que quero é um sol mais sol
que o Sol,
O que quero é prados mais prados
que estes prados,
O que quero é flores mais estas flores
que estas flores -
Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
a do Sol!
Querem prados mais verdes do que estes!
Querem flores mais belas do que estas
que vejo!
A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me.
Mas, se acaso me descontentam,
O que quero é um sol mais sol
que o Sol,
O que quero é prados mais prados
que estes prados,
O que quero é flores mais estas flores
que estas flores -
Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Aceita o universo - Alberto Caeiro
Aceita o universo
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quisessem dar outro
Ter-to-iam dado.
Se há outras matérias e outros mundos
Haja.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quisessem dar outro
Ter-to-iam dado.
Se há outras matérias e outros mundos
Haja.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
A sua verdadeira realidade - Alberto Caeiro
Entre o que vejo de um campo e o que vejo de outro campo
Passa um momento uma figura de homem.
Os seus passos vão com "ele" na mesma realidade,
Mas eu reparo para ele e para eles, e são duas cousas:
O "homem" vai andando com as suas idéias, falso e estrangeiro,
E os passos vão com o sistema antigo que faz pernas andar.
Olho-o de longe sem opinião nenhuma.
Que perfeito que é nele o que ele é — o seu corpo,
A sua verdadeira realidade que não tem desejos nem esperanças,
Mas músculos e a maneira certa e impessoal de os usar.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Passa um momento uma figura de homem.
Os seus passos vão com "ele" na mesma realidade,
Mas eu reparo para ele e para eles, e são duas cousas:
O "homem" vai andando com as suas idéias, falso e estrangeiro,
E os passos vão com o sistema antigo que faz pernas andar.
Olho-o de longe sem opinião nenhuma.
Que perfeito que é nele o que ele é — o seu corpo,
A sua verdadeira realidade que não tem desejos nem esperanças,
Mas músculos e a maneira certa e impessoal de os usar.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Esqueço do quanto me ensinaram - Alberto Caeiro
Deito-me ao comprido na erva.
E esqueço do quanto me ensinaram.
O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem mais frio,
O que me disseram que havia nunca me alterou a forma de uma coisa.
O que me aprenderam a ver nunca tocou nos meus olhos.
O que me apontaram nunca estava ali: estava ali só o que ali estava.
Alberto Caeiro, in "Fragmentos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
E esqueço do quanto me ensinaram.
O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem mais frio,
O que me disseram que havia nunca me alterou a forma de uma coisa.
O que me aprenderam a ver nunca tocou nos meus olhos.
O que me apontaram nunca estava ali: estava ali só o que ali estava.
Alberto Caeiro, in "Fragmentos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Nunca busquei viver a minha vida - Alberto Caeiro
Nunca busquei viver a minha vida
A minha vida viveu-se sem que eu quisesse ou não quisesse.
Só quis ver como se não tivesse alma
Só quis ver como se fosse eterno.
Alberto Caeiro, in "Fragmentos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
A minha vida viveu-se sem que eu quisesse ou não quisesse.
Só quis ver como se não tivesse alma
Só quis ver como se fosse eterno.
Alberto Caeiro, in "Fragmentos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
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