Reflexões - Kleber Nunes
Como motivar a carne,
Se pela limitação,
Ela conhece apenas um destino...
Se o que tenho são apenas lembranças,
De um tempo ou lugar que desconheço,
Se o que sinto é apenas o cheiro quando muito,
De coisas que não me lembro.
Procuro a resposta no vento,
Olho para céu e tento me situar,
Pego uma folha seca no chão e tento imaginar,
Qual a essência que há em suas entranhas,
A resposta não está numa folha seca!
É só mais um devaneio,
Mais uma busca equivocada.
Então me reconheço como espírito,
E minha procura se intensifica!
Como posso confortar minha alma?
Como tranquilizá-la sobre o futuro?
Se a jornada é eterna...
Se a estrada é sinuosa e sem linha de chegada?
Que inteligente e exigente esse Deus!
Deixa para nós algumas dúvidas...
Evoluimos ou fomos criados?
Vivemos ou morremos ao sermos sepultados?
Existe um céu ativo e administrado?
Existe um inferno mais ativo ainda?
Até que ponto estamos sujeitos a tudo isso?
Dúvidas questionadas e estudadas exaustivamente,
Muito empenho para chegar em algum lugar,
Regras, crenças e a sociedade dizendo o que é certo e errado,
Uns acreditando que merecem o céu,
Mas o que há por lá mesmo para se acharem merecedores?
Interessante é que nesse cenário ninguém se acha merecedor do inferno!
E o que é há por lá mesmo?
Se é que ele existe e seu administrador também!
Oh Deus! seja qual for tua forma,
Te admiro demais,
És muito ousado e inteligente,
Tens o poder de não se preocupar com a opinião alheia,
Consegues ser imparcial e olhar a bagunça terrena sem intervir,
As vezes pergunto porque tu não desvias uma bala perdida que encontra uma criança inocente,
Porque não faz calar aqueles que só pronunciam mentiras,
Porque não impede homens desonestos de chegar ao poder,
Porque não faz recuar a onda que devasta um pais?
Quero uma bussola!
No tempo que vivo, talvez um gps.
Não quero viver sem saber para onde ir,
Para os que não conhecem o seu destino qualquer caminho serve,
Quanto tempo ainda tenho?
Até que ponto vale a pena pensar em tudo isso?
Só não quero passar por esse tempo simplificando tudo demais...
A ponto de acreditar que existe apenas uma sequência lógica e viável:
Nascer, crescer, reproduzir, talvez evoluir e certamente morrer.
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