domingo, 18 de setembro de 2011

A casa da alma - Kleber Nunes


Invólucro de carne denso
Teu nome é corpo
Teu final é certo
Mas teu segundo próximo um mistério.

Invólucro de carne frágil
Convives com tanta incerteza
Deita sem saber do amanhã
Brinca de morrer ao dormir.

Invólucro de carne santo
Hospedas o espírito imortal
Conduzes a centelha divina
Serve de altar para a alma.

Invólucro de carne humilde
Em ti a alma encontra abrigo
Em teu seio o espírito se depura
Sabes de tudo isso...
E com resignação despede-se da vida.

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