Eu o
vi passar
Hesitei
em entrar
E quando
decidi, já era outra criatura
O rio
é sempre vivo, inexoravelmente inédito
O bom
e o ruim da vida
É o
ineditismo de cada instante
Por isso
dói amar e ser amado
Sabendo-se
impotente diante do minuto seguinte
O que
projetar?
Se cada
gesto
E cada
palavra
Eternizam-se
e morrem no mesmo instante
Ontem,
hoje e amanhã...
São tentativas
de doutrinarmos o tempo
Mesmo
sabendo que cada minuto se extingue nele próprio
E
agora?
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