domingo, 14 de junho de 2020

De casulo a borboleta – Kleber Nunes


E o mundo que se esmera desde sempre
Tão grandemente
Tão donativo
Tão incompreensível

Extraordinário compêndio de dádivas
Que não se esmera sozinho
Que não avança sozinho
Que não deixa de seguir e ainda assim nos aguarda

De casulo a borboleta
Será que é isso?
Talvez seja!
É preciso desvencilhar-se para voar

As lições do passado talhadas n’alma
A colheita no presente
A vida descortinada
E o futuro certo, seja como for...

Resplandeceremos
Centelhas que já se apagaram
Centelhas que hão de apagar
De casulo a borboleta, todos vamos voar...

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