As vezes tenho raiva do relógio
Do barulho do seu ponteiro
Do seu prazer em me acordar
Da dependência que tenho dele
De seu apego ao meu pulso
Sempre me lembrando dos compromissos
Quase sempre deveres
Raramente prazeres
Fico mais bravo ainda quando ele pára
Pareço louco
Se ele desperta não gosto
Se não funciona me irrito
Mas de vez em quando o entendo
As vezes até o agradeço
Quando lembro que ouvir o seu chamado
É a certeza de estar vivo
Que a vida se renova em mais um dia que começa
Que terei novas possibilidades
De tentar
De lutar
De plantar
De amar
De louvar
E ser melhor...
Um comentário:
Lindo.
O relógio ora é necessário, ora nos deixa irritados.
Adoro o teu blog, e espero que visites o meu também. Beijos Kleber Nunes
Postar um comentário