sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Fanatismo - Florbela Espanca

 
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida

Não vejo nada assim enlouquecida
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida

Tudo no mundo é frágil, tudo passa
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim
E, olhos postos em ti, digo de rastros:

"Podem voar mundos, morrer astros
Que tu és como um Deus... Princípio e Fim"

"Podem voar mundos, morrer astros
Que tu és como um Deus... Princípio e Fim"

Nenhum comentário: