Se a
vida fosse tabelada
E recebêssemos
uma cartilha ao nascer
Com
receitas prontas de felicidade
E fórmulas
matemáticas que definissem qualquer decisão
Talvez
tudo seria mais fácil
Já pensou!
Cada
um de nós com sua cartilha debaixo do braço
Decidindo
com assertividade cada passo
A fórmula
do homem ideal
Da mulher
ideal
Da profissão
ideal
Do momento
certo de ir ou ficar
Do peso
ideal
Da religião
verdadeira
E até
uma fórmula que identificasse as intenções e o caráter dos outros
Nossa,
como seria mais fácil!
Imaginem
um primeiro encontro amoroso...
A cartilha
na cabeceira da cama junto com os demais apetrechos sexuais
E provavelmente
orgasmos múltiplos garantido
Pois
é!
A notícia
boa é que não há tabela
Não há
receitas
E portanto,
não há o tempo todo assertividade
Não somos
fantoches do universo
Não somos
robôs programados
Não somos
apenas matéria que se decompõe
Somos
alma
Somos
sentimento
Somos
pensamento
Somos
seres transcendentes
Condenados
a liberdade
Livres
para decidir cada passo
Autores
da própria história
Donos
da cara refletida pelo espelho
Gostemos
ou não da imagem
Como
a vida não é tabelada e não há receitas de felicidade
Conhecer-se
é primordial
Quais
os valores que norteiam nossas vidas
Vivemos
em sintonia com eles?
Quais
as crenças que entendemos como verdades absolutas desde criança
São limitantes
ou fortalecedoras?
Qual
o propósito maior das nossas vidas
Além
de nascer, comer, beber, crescer, reproduzir e morrer?
Qual
legado queremos deixar
O que
vão dizer sobre nós quando não estivermos aqui?
Se o
que reina no mundo são as incertezas
Se não
há tabela para seguir
E graças
a Deus não somos fantoches
Só nos
resta exercitar o autoconhecimento
Evoluir
em todos os aspectos possíveis
Entregar
ao universo o nosso melhor
E ressignificar
os equívocos
As dores
As desilusões
E a
morte
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