Era um lugar encantador, daqueles
que desejamos viver para sempre. Um Vale enorme, repleto de árvores,
cachoeiras, rios, pássaros, flores e montanhas.
Todos os dias o arco-íris
cruzava o céu levando mais beleza e cor ao Vale, como era lindo!
O reflexo do arco-íris
coloria a superfície dos rios e o movimento das águas atraia para as margens
todos os tipos de animais, principalmente os pôneis e os cavalos alados.
Durante todo o dia, uma
revoada de pássaros cruzava o céu de um lado para outro e em todo o Vale ouvia-se
uma melodia linda e suave.
As flores coloridas e
abundantes perfumavam a vida e todos os dias eram visitadas pelos pássaros em
busca de néctar.
E as montanhas! As montanhas
eram enormes e verdejantes e pareciam feitas propositalmente para manter o Vale
cercado e protegido.
Além de tudo isso o Vale
ainda reservava uma surpresa encantadora, nesse vale morava uma princesa, a
mais bela de todas as princesas que já existiram. Tão linda, mas tão linda que
até o arco-íris descia todos os dias até a porta da sua casa para admirá-la e
lhe servir de ponte para levá-la onde quisesse.
Sua casa? Ah sua casa! Não
era simplesmente uma casa, dessas que conhecemos ou ouvimos falar nos contos de
fada. Sua casa tinha sido esculpida por castores na maior e mais bela árvore do
Vale.
Isso mesmo! A princesa
morava numa árvore. E tem mais...do tronco da árvore até seu cume, os castores
esculpiram uma enorme escada com centenas de degraus para que a princesa
pudesse lá do alto ver todo o Vale.
Não é demais!
Pois é, nesse Vale Encantado
morava a princesa Maricotinha.
E você sabe o que a princesa
Maricotinha fazia o dia inteiro?
Passava colhendo flores,
frutas e cuidando dos animais. No fim da tarde, quando o sol começava a se por
deixando a superfície dos rios e lagos dourado, ela voltava para casa montada
num lindo cavalo alado branco e subia para o alto da árvore, quer dizer, para o
alto da casa para contemplar o horizonte.
Quando a noite chegava,
Maricotinha costumava ficar olhando o céu estrelado e quase todos os dias as
estrelas juntavam-se e formavam seu nome. As vezes as estrelas desenhavam uma
boca e enviam beijos para ela.
Por mais belo que fosse, o
vale não seria encantado se a princesa não o habitasse, o encanto, a luz, o
aroma das flores, as montanhas...
Tudo emanava e materializava-se
a partir de seu coração puro.
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