quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Tempestade - Kleber Nunes





As vezes só restam as folhas secas
Indefesas ao vento
A esmo e sem rumo
Espalhadas pelo chão

O caminhante e o caminho
Um horizonte distante
Um dia cinza
E uma noite fria

No princípio era a palavra
E a palavra estava com Deus
E a palavra era Deus
O que restou da gênese em nós?

Somos tão frágeis
Diante de um universo que não se explica
Tão ínfimos
Quando o peito aperta e nada é capaz de acalentar

O que fica quando a tempestade passa?
O tronco que abraçamos para não ser levado
O arco íris
Ou a certeza que nunca mais nada será como antes?

Refazimento ou desesperança
Quem alimentar?


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