Não se trata de um olhar impenetrável
Seria mais fácil
Ser impedido de decifrá-lo
Bater e voltar sem nada trazer
Há nesse olhar um tesouro perdido
Um abismo de realidades invisíveis
O brilho de uma joia esquecida
Fobia de alma
Há nesse olhar tristeza e amor
Alegria e furor
Vida e torpor
Frieza e ardor
E eu que julgava decifrá-lo
Por ele já fui consumido
Lançado no abismo
Perdi-me e não acho a saída
Não sei com quais dos olhos enxergo a vida
Se com os meus, aflitos de decifrar-te
Se com os teus
Que busca entender-se
Fecho os olhos e a encontro
Abro, e lá está você
Com teu olhar distante
E dentro de mim
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