sábado, 6 de janeiro de 2024

A cidade e a neblina - Guilherme Arantes

Na neblina a cidade amanheceu

Sonolenta como os últimos boêmios
E os primeiros trabalhadores matinais
Com seus gorros, capotões e cachecóis

A neblina dá uma certa imprecisão
A paisagem fica sem definição
As capelas e os velhos casarões
Na neblina ficam sobrenaturais

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido?

Na neblina os rochedos pelo mar
São terríveis para quem fôr navegar
O aeroporto, então, acende os faróis
E não sobem, e não descem aviões

Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido?



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