Lábios que não se abrem, lábios
Lábios que não se abrem, lábios
com seu segredo
calado
Lábios que não se abrem, lábios
com seu segredo
calado
Segredo no ermo da noite
resiste à rosa dos ventos
calado.
Flauta sem a vibração
do sopro.
Luar e espelho, frente a frente,
em calada
vigília.
Fria espada unida
ao corpo.
Resto de lágrimas sobre
lábios
calados.
Borboleta da morte
em sorvo
pousada à flor dos lábios
calados
calados.
Publicado: A Face Lívida (1945)
Nenhum comentário:
Postar um comentário